Geoparque Seridó é destaque do Rio Grande do Norte no Catálogo de Experiências Turísticas da COP30

Publicação do Ministério do Turismo reúne iniciativas sustentáveis e reconhece o protagonismo potiguar no cenário internacional

O Rio Grande do Norte volta a ganhar projeção nacional e internacional no cenário do turismo sustentável. O Geoparque Seridó, território reconhecido como Geoparque Mundial da UNESCO, é um dos destaques do Catálogo de Experiências Turísticas do Brasil, Edição COP30, lançado pelo Ministério do Turismo (MTur).

O material reúne mais de 100 experiências em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, apresentando iniciativas que unem saberes tradicionais, inovação e compromisso com o planeta. Com predominância de ações voltadas ao Ecoturismo e ao Turismo de Base Comunitária, o catálogo reforça o potencial do Brasil como destino que alia preservação ambiental, inclusão social e sustentabilidade, princípios que norteiam também o trabalho desenvolvido no Seridó potiguar.

No Rio Grande do Norte, o Geoparque Seridó oferece uma imersão nas paisagens e tradições do semiárido, conectando visitantes às comunidades locais, à cultura sertaneja, às manifestações religiosas e à biodiversidade da região. Chancelado pela UNESCO em 2022, o território abrange seis municípios (Acari, Carnaúba dos Dantas, Cerro Corá, Currais Novos, Lagoa Nova e Parelhas) e integra o Programa Internacional de Geociências e Geoparques.

A secretária de Estado do Turismo, Marina Marinho, celebrou o reconhecimento e destacou o papel do território como símbolo de sustentabilidade e inovação:

“O Geoparque Seridó representa o coração pulsante do nosso turismo sustentável. Ele traduz o que o Rio Grande do Norte tem de mais genuíno: a força do povo sertanejo, a convivência harmoniosa com a natureza e a capacidade de transformar conhecimento e identidade em oportunidades para as comunidades. Ser destaque em um catálogo voltado à COP30 reforça que o turismo potiguar está alinhado à agenda climática e ao desenvolvimento responsável”. 

O catálogo, que foi apresentado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em 2025, evidencia o protagonismo brasileiro em experiências turísticas que promovem justiça climática, conservação ambiental e valorização cultural. Além do Geoparque Seridó, o material também destaca o Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul (RS/SC), ambos reconhecidos pela UNESCO.

“Mais do que um destino, o Geoparque Seridó é um exemplo vivo de como o turismo pode educar, preservar e gerar renda. O Rio Grande do Norte se orgulha de ter um território que inspira o Brasil e o mundo a crescer com responsabilidade e respeito às pessoas e ao meio ambiente”, completou Marina.

Sobre o Geoparque Seridó:
O Seridó Geoparque Mundial da UNESCO cobre uma área de 2.800 km² no semiárido do nordeste brasileiro, abrangendo seis municípios do Seridó Potiguar: Acari, Carnaúba dos Dantas, Cerro Corá, Currais Novos, Lagoa Nova e Parelhas, onde vivem mais de 120 mil habitantes, incluindo comunidades quilombolas.

A região, localizada na caatinga, o único bioma exclusivamente brasileiro, possui uma das maiores reservas de scheelita da América do Sul, um importante minério de tungstênio, e fluxos de basalto provenientes de atividades vulcânicas das eras Mesozoica e Cenozoica.

Reconhecido pela UNESCO como Geoparque Mundial em 13 de abril de 2022, o Geoparque Seridó não limita as atividades econômicas na área, permitindo desenvolvimento econômico sustentável. Na área do geoparque estão inclusos a nascente do Rio Potengi (Cerro Corá), o Monte do Galo (Carnaúba dos Dantas), os açudes Gargalheiras (Acari) e Boqueirão (Parelhas), a Mina Brejuí e o Cânion dos Apertados (Currais Novos) e o Tanque dos Poscianos (Lagoa Nova).

Existem 177 geoparques reconhecidos pela UNESCO em 46 países. No Brasil, além do Geoparque Seridó, há o Geoparque Araripe (CE) e o Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul (RS-SC).